25 março 2012

Tio Seseu

Querido Diário,
Um dia eu estava na casa dos irmãos do meu pai e o irmão mais feio dele foi olhar no espelho e eu fui com ele. Acontece que ele se acha bonito, mas ele é feio. Quando ele olhou no espelho ele disse: "cruzes! que cara feio é este?" e eu disse: "é você!". Sabe o que ele disse? "Mas eu sou bonito e este cara é feio". Mas é assim com todo mundo: quem é feio aparece feio no espelho e quem é bonito aparece bonito no espelho. É assim com todo mundo" eu expliquei pra ele.

Assinado: Sofia Fargas

06 outubro 2006

Zoo

E Sofia foi ao zoo.
O melhor de tudo foi ver a pimpolha imitando o hipopótamo comendo...



28 setembro 2006

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A pimpolha está de volta...



22 agosto 2006

SOFIA 1 ANO

E, de repente, se passaram 12 meses.
1 ano inteirinho: milhares de sorrisos, outros milhares de beijos e abraços, muito cocô e muito xixi, algumas poucas noites em claro e muita, mas muuuuuuita alegria mesmo.
Bão demais da conta. Nestas horas, bem que podia ter replay nesta tal de vida...













21 agosto 2006

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COM SOFIA NO MERCADO CENTRAL / por Latuf Isaias Mucci

O Mercado Central de Belo Horizonte me foi sempre indiferente, até que li, na Internet, uma rápida crônica, em que Salabim, meu sobrinho artista plástico e pesquisador da arte, dizia que um dos seus cultuados prazeres é lá tomar café da manhã. E ele me prometeu participar, um dia, desse seu tão popular prazer. No dia 9 de julho de 2006, Salabim cumpriu sua prazerosa promessa, tendo ao colo sua filha Sofia, que estava às vésperas de celebrar 11 meses de idade, sabedoria e esplendor, e que ele carregava, sob o olhar luminoso de Flavinha – amor de minha vida e mãe de Sofia -, numa bolsa chamada “canguru”, como um buquê inteiro de plena primavera. Em cortejo, ou numa espécie de procissão, fui conhecer o Mercado que já atravessara, por pura curiosidade, certo dia, mas que, pela imensa multidão que lá circulava, quase me causou pânico e claustrofobia.
Salabim soube escolher o dia e a maneira de me guiar pelo labirinto popular. Era um domingo lindíssimo, com céu esplendidamente azul e um ar friozinho, que convidava a um bem cremoso capuccino. Tivemos, por cima, acesso ao imenso estabelecimento, em cujo andar superior celebrava-se uma missa, em que se cantavam músicas sacras, que chegavam confortavelmente até mim; fui tomado pela súbita imagem de minha ausente Mãe, mas cuja presença me envolveu ternamente, naquele momento. Afinal, eu estava em Minas, nossa terra natal e ouvíamos melodias dominicais. Jamais teria eu imaginado uma missa oficiada em um mercado, composto de um sem número de feiras. Adorei o impacto e me deixei levar pela ternura saudosa daquele momento, em que Sofia era, como sempre, um dom, passeando atentíssima entre cores mais do que variegadas. Se a menininha não falava palavras, expressava, com olhares e sorrisos, a felicidade de apresentar a seu tio-avô um lugar especial, que nos recebia com bênçãos divinas.
Fomos diretamente ao local do capuccino, que nos foi servido por uma moça com sorriso de pérola; abstive-me de comer pães de queijos e iguarias mineiras, porque estava repleto de uma leveza, que não tem apetite, tampouco gula. Diante daqueles painéis todos, que nossos olhos vislumbravam, Sofia tinha os olhos mais acesos, contemplando conosco quadros vivos de Bosch, telas pulsantes de Arcimboldo, cenas sangrentas de Francis Bacon, espetáculos de flora e fauna tropicais. Guia atento, Salabim chamava, ou melhor, realçava, minha atenção para o jogo de cores, a alquimia de sabores, o amálgama de odores no Mercado dominical. Embriagado, eu divisava cheiros de Medinas, no Marrocos, e feiras no Líbano, pensando também no SAARA, mercado a céu aberto do Rio de Janeiro, onde árabes e judeus convivem belamente. De repente, entramos numa tenda árabe, um verdadeiro bazar, onde comprei um terço e senti correr nas minhas veias a seiva do cedro, transplantada para as Alterosas. O Mercado pareceu-me, então, um lugar tipicamente regional com traços universais. Teria Guimarães Rosa – médico, diplomata e fantasiado de jagunço - andado por aquelas veredas da capital mineira? Eu não conseguia imaginar aquele Mercado no fim do dia, com suas bancas de frutas, flores,legumes e vegetais desmoronadas. Como obra de arte, aquele lugar tinha que ser eterno; mas não, ele se criava e se recriava a cada dia. Como a vida, aliás, que a arte figura, até com seu misterioso devir.
Perambulando pelas vielas do Mercado, perguntei ao Salabim por que não havia livraria naquele lugar tão especial. Para que livraria, respondi-me eu, se as pessoas são livros, se a cidade é um texto, se cada lugar tem letras e histórias. Basta imaginar e levar a lembrança de ter entrado no Mercado como numa imensa biblioteca, que excita todos os sentidos e a mente toda.
Com a alma lavada de felicidade e o coração pleno de prazer, fomos dali, do Mercado Central, visitar Zélia, avó paterna de Sofia, que, com sua octogenária sabedoria, tece tocas e roupas para a faceira netinha, a quem chama, delicadamente, de “gota de orvalho na folha de inhame”. Acho que vi, no Mercado Central de Belo Horizonte, algumas folhas orvalhadas de inhame. Nelas, Sofia refletia a beleza de sua perene inocência e auroral sabedoria.

04 agosto 2006

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Bichinho bão...













06 julho 2006

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Venerável Latuf



Madrinha Tainá



Vovó Rute



Tia Ana



Tia Martinha